terça-feira, 24 de março de 2009

Muito além de uma breve história da música em Caxias

Lobo da Estepe

Um filme sobre música. Ou melhor, um filme sobre a música de Caxias do Sul. Melhor ainda, um filme sobre gente que fez (faz) música própria em Caxias. E no meio disso tudo, uma porção de gente discutindo porque raios a produção de música em Caxias não consegue alçar vôo e consolidar-se noutras plagas. Tem exceções, é claro, e essas exceções são “o charme” do documentário.

O fio condutor do documentário são as memórias do Jorge de Jesus (roteirista e diretor do filme) pelo universo da música em Caxias. Jorge atualmente é DJ e é conhecido pelo codinome de Mono. Mas Jorge já foi vocalista, produtor de banda, roadie, colador de cartaz na madrugada, empresário, dono de bar, e ultimamente anda flertando com fotografia. No cinema dirigiu dois filmes de ficção “Sapateiro” e “Um Dia na Vida”, ambos financiados pelo Fundoprocultura.

A partir das memórias do Jorge, o documentário vai costurar a vida e obra de diferentes personagens da música de Caxias. Da Lobo da Estepe, marco do rock na cidade, chegando até os dias atuais e a penca de novas bandas que não param de aparecer (e sumir) do dia pra noite. Não é um filme sobre o Jorge, mas um documentário em primeira pessoa em que o Jorge vai mesclar suas lembranças as lembranças dos entrevistados. Colocando no mesmo patamar gêneros distintos da música como pagode e metal.

HPS


Game Over


Haverá a apresentação de muito material inédito inclusive com shows gravados em vídeos nas décadas de 80 e 90. Registros esses que as traças comeriam, não fosse o interesse do Jorge em revelar ao público quem são os personagens que construíram as bases para a música autoral em Caxias e que desde os anos 70 vem modificando a maneira de a juventude pensar. Ao mesmo tempo em que revela acontecimentos e recorda pessoas importantes, o documentário lança aos entrevistados (e consequentemente aos espectadores) perguntas que tem o claro objetivo de esclarecer porque a música produzida em Caxias é nada, ou quase nada, valorizada em Caxias.







Entrevista com Beto Fonseca




Entrevista com Fher Costa.


Entrevista com Patrícia Parenza

Texto: Marcelo Mugnol.

2 comentários:

Anônimo disse...

Opa! Seria interessante se fossem adicionados os nomes das pessoas das fotos. Está muito bom.

Abraços.

Mugnolini disse...

Quem tem um VINIL da Game Over pra me vender?