Minhas primeiras impressões sobre este inicio de trabalho no DOC me surpreenderam positivamente; sabia que me surpreenderia, Mas confesso que hesitei aceitar o convite do Jorge para produzir esse documentário, achei a idéia formidável, porém num primeiro momento não me sentia a vontade pra fuçar numa história que conheço muito bem; não por nada, tenho péssimas e ótimas lembranças, mas é que simplesmente não tenho nenhum cacoete saudosista.
Conheci o Jorge nesse meio musical há 134 anos e alguns meses atrás. Então aceitei o desafio, não podia me isentar desse compromisso, seria egoísmo demais guardar ou esconder informações e fatos que fomos testemunhas oculares. Podemos até não falar, mas vamos provocar e instigar os entrevistados a relatar com fidelidade essa fase tão importante na construção da identidade artística da cidade.
Afinal, como toda a minha geração, acompanhei atento à cena musical e a mudança de comportamento pós-regime militar. Existia uma ânsia por liberdade de expressão e quem não conheceu a repressão entendeu essa liberdade como diversão a qualquer ordem, ou a qualquer preço, por que ordem ninguém mais queria acatar. Liberdade e rebeldia que rendeu muita música e poesia.
Vivi tão intensamente como poucos essa cena musical 80 e 90 não só de Caxias como em todo o país. Fiz muitos amigos, e com eles muitas viajens, shows e muitas festas em madrugadas que acabaram em dias que nunca acabaram.
segunda-feira, 30 de março de 2009
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